É Natal. Nunca explicaram-me ao certo o que é isso e porque devo abrir o coração anualmente por esta altura. Nasci e encontrei as coisas como estão, nunca questionei e na verdade deixo um certo contágio de alegria me invadir, acho bonito o jantar familiar, lembro-me da enorme excitação em criança de receber as prendas e vejo isso agora em minha filha.
Nunca questionei os hábitos: de se vestir o fato terrivelmente quente do Pai Natal, figura inventada, dizem as más línguas, por Coca-Cola; de se simular a neve na árvore de Natal; e outras tantas coisas mais. Também nunca tinha reparado que a árvore só se encontra com muita raridade em alguma montanha deste país.
Não critico os discursos de ocasião e a repentina sensibilidade para com os pobres e menos afortunados, aleijados, idiotas e estúpidos.
Não questiono os preços, justos ou não, não é altura de questioná-los. Não questiono os milhares de contos que circulam vertiginosamente esses dias. Nem questiono os produtos, chineses ou não, tóxicos ou não, letais ou não, descartáveis ou não.
Ensinaram-me uma coisa, quando praticava desportos naúticos: o mar é uma força poderosa; numa situação de aflição tenta não entrar em pânico e gastar muita energia; tenta aproveitar a própria força do mar para encontrar uma solução. É o que faço por esta altura: aproveito e mando uns abraços e beijinhos; compro uma prenda (penso) inteligente para a minha filhota; bebo umas cervejas desmedidamente com os amigos; e vou estar logo à noite à volta de uma mesa, com a família reunida, degustando as coisas importadas que podemos comprar.
Nunca questionei os hábitos: de se vestir o fato terrivelmente quente do Pai Natal, figura inventada, dizem as más línguas, por Coca-Cola; de se simular a neve na árvore de Natal; e outras tantas coisas mais. Também nunca tinha reparado que a árvore só se encontra com muita raridade em alguma montanha deste país.
Não critico os discursos de ocasião e a repentina sensibilidade para com os pobres e menos afortunados, aleijados, idiotas e estúpidos.
Não questiono os preços, justos ou não, não é altura de questioná-los. Não questiono os milhares de contos que circulam vertiginosamente esses dias. Nem questiono os produtos, chineses ou não, tóxicos ou não, letais ou não, descartáveis ou não.
Ensinaram-me uma coisa, quando praticava desportos naúticos: o mar é uma força poderosa; numa situação de aflição tenta não entrar em pânico e gastar muita energia; tenta aproveitar a própria força do mar para encontrar uma solução. É o que faço por esta altura: aproveito e mando uns abraços e beijinhos; compro uma prenda (penso) inteligente para a minha filhota; bebo umas cervejas desmedidamente com os amigos; e vou estar logo à noite à volta de uma mesa, com a família reunida, degustando as coisas importadas que podemos comprar.
3 comentários:
Amigo, um grande abraço.
E outro para ti e para todos os amigos. Isso faz bem e não custa nadinha
Excelente conselho, esse último parágrafo! Feliz Natal, moss!
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