Se gostam de argumentos inteligentes, procurem este filme e vão ver que, por mais que um assunto é conhecido, há sempre uma nova forma de a contar. Neste caso, a queda do Muro de Berlim e a forma como foi vivida por uma família. Grande literatura; desses que nos dão vontade de ser escritor.
Além do argumento brilhante, o filme em si é forte na sua direcção. Aliás, os filmes alemães contemporâneos que tenho visto, distinguem-se num aspecto: são milimetricamente dirigidos: cada plano, cada sequência, cada acção, é cuidadosamente montado, o que, tangencialmente, pode aborrecer pessoas mais ávidas de acções frenéticas. Vi o potente "A Vida dos Outros" (ou no original, "Das Leben der Anderen") de Florian Henckel von Donnersmarck, que também passa esta ideia de que cada plano é um projecto. Vi ainda "O Falsário" (Die Fälscher) de Stefan Ruzowitzky, não brilhante, mas notável. Outro aspecto de matar neste filme é a direcção de arte. Foi divertido ver a reconstrução dos mais pequenos detalhes da época, dos edifícios, passando pelos móveis, automóveis, figurinos e até marcas específicas de, por exemplo, pickles.
Uma expressão que me ocorre para denominar este cinema alemão, o pouco que já vi, é: "honestidade estética", termo bastante enigmático eu sei. A desenvolver em próximos capítulos...
Além do argumento brilhante, o filme em si é forte na sua direcção. Aliás, os filmes alemães contemporâneos que tenho visto, distinguem-se num aspecto: são milimetricamente dirigidos: cada plano, cada sequência, cada acção, é cuidadosamente montado, o que, tangencialmente, pode aborrecer pessoas mais ávidas de acções frenéticas. Vi o potente "A Vida dos Outros" (ou no original, "Das Leben der Anderen") de Florian Henckel von Donnersmarck, que também passa esta ideia de que cada plano é um projecto. Vi ainda "O Falsário" (Die Fälscher) de Stefan Ruzowitzky, não brilhante, mas notável. Outro aspecto de matar neste filme é a direcção de arte. Foi divertido ver a reconstrução dos mais pequenos detalhes da época, dos edifícios, passando pelos móveis, automóveis, figurinos e até marcas específicas de, por exemplo, pickles.
Uma expressão que me ocorre para denominar este cinema alemão, o pouco que já vi, é: "honestidade estética", termo bastante enigmático eu sei. A desenvolver em próximos capítulos...
3 comentários:
já viste pq há tanto tempo ando a tentar impigir-t este filme(?) ! :-)
abraçõ
nunolobo
Não foste convincente. Devias me ter batido e obrigado a ver este filme. Um show!
Outro abç. E para o rebentinho tb.
Vi-o há mais de um ano e ficou-me imagens de qualquer coisa de belo e nostalgico. Como uma chapa num calção furado. A esquizofrénia à porta dos dois mundos.
Gostei.
moreia
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