Não há boa vontade que aguente. A Electra tem todas as razões do mundo para nos deixar 5 dias sem água e cortar a luz precisamente naquele momento em que uma pessoa mais precisa. Pedem-nos compreensão pelos eventuais constrangimentos. Eventuais!?
As razões da Electra são de vária ordem. É a avaria inesperada nos dessalinizadores, é o roubo de energia, são os técnicos corruptos, são os investimentos que estão a ser feitos avultadamente, mas que tardam a surtir efeito, paciência, é a soma astronómica de dinheiro que muitas instituições devem à empresa, a maior parte do próprio Estado, é isto e mais aquilo. As razões são por demais conhecidas. Eu, cidadão prejudicado, é que não tenho razões nenhumas para não estar por demais irritado com esta situação.
Enfim, uma governação tem razões que a razão não desconfia. Digam-me, quanto custou a circular por onde só transitam vacas? É uma obra para o futuro? Ah é!? E o presente?
É claro que a governação tem trâmites complexas: é o país parceiro que injecta dinheiro daqui, depois é preciso arrancar com obras que espalhem dividendos, de preferência para operadores desse país, os governantes de ambos os países passam a mãozinha na cabeça um do outro, fazem-se discursos emocionantes, circula umas massas e alguns estão felizes. Só que quando essas cooperações resultam em obras como a circular da Praia e a misteriosa estrada Rubon Txikeru, enquanto que a cidade fica em apuros com as chuvas e temos essa situação ridícula de energia e água, não fico feliz. Detesto políticas nonsense. Outra versão, precisa-se.
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